terça-feira, 25 de novembro de 2014

As bibliotecas de Timbuktu

http://www.istoe.com.br/
Em meio aos conflitos entre radicais islâmicos e o governo do Mali, o livreiro e bibliotecário Abdel Haidara transformou-se num herói. Com apoio de amigos e governos internacionais, deu início em 2012 a uma operação de salvamento de manuscritos que comprovam a existência da cultura da Idade Média africana. Foram transportados mais de 250 mil exemplares para a capital Bamako.


A cidade de Timbuktu está localizada no centro de Mali, na África.

A cidade, que se tornou um importante centro cultural entre os séculos XV e XIX, foi fundada como entreposto comercial nos anos 1000. Situada no ponto de encontro de caravanas que iam do Sudão ocidental ao Magreb, a cidade foi incorporada ao Império Songhai em 1468, quando viveu sua fase de maior expansão cultural. No século XVI, sua universidade chegou a ter 25 mil alunos – para uma população de 100 mil habitantes.

Durante o período colonial, as famílias de Timbuktu, que tinham o hábito de colecionar bibliotecas particulares constituídas por manuscritos em pergaminho, decidiram esconder seus livros, para evitar a pilhagem. Por isso, as obras passaram os últimos séculos escondidas. Os manuscritos foram enterrados, escondidos no fundo de poços ou levados para longe, em grutas ou no deserto do Saara. Desde 1964, a Unesco lançou um apelo para recuperar e reunir esse precioso acervo. A partir dos anos 90, parte dele começou a aparecer (cerca de 200 bibliotecas particulares), e vem sendo alvo de projetos de preservação e conservação. A digitalização é uma solução para a preservação dos originais, já que muitos deles, pela ação da areia, umidade e sol, estão tão frágeis que não podem ser manuseados.

Aos poucos esses manuscritos digitalizados estão sendo disponibilizados na internet. 

"Um tesouro cultural de valor inestimável"

Fontes: http://www.istoe.com.br/ - http://www.dw.de/ - http://www2.uol.com.br/


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