terça-feira, 24 de junho de 2008

Cemitério de Havana

Fotos: Renato Mario Carneiro
Uma das coisas que impressionam qualquer visitante da capital de Cuba é sem dúvidas o cemitério. Considerado monumento nacional, o cemitério de Colón é considerado o maior cemitério urbano do mundo (dizem os cubanos), e cheio de curiosidades. Os túmulos são todos construídos em mármore branco e muitos deles contém obras de arte.

Meio contrariado, ainda por cima pagando ingresso, entrei, mas não me arrependi. Uma das sepulturas ganhou especial atenção: o túmulo de La Milagrosa. A história me foi contada por uma idosa senhora. Amelia Goyri de la Hoz morreu em 1901, com 24 anos, junto com sua filha, que morreu no parto. Segundo o costume da época, a filha foi enterrada aos pés da mãe. Anos depois, quando foi aberto o túmulo, a filha foi encontrada nos braços da mãe, como que protegida por ela. O túmulo, sempre cheio de flores, tornou-se lugar de veneração e peregrinação. Dizem os cubanos que não se deve dar as costas para o túmulo de La Milagrosa, pois traz má sorte. La Milagrosa é considerada protetora das grávidas.

Num outro túmulo a estatueta de um cachorro aos pés de uma senhora chama a atenção do visitante: a lenda diz que o cão seguiu o enterro de sua dona, deitou-se aos pés do túmulo, de onde nunca mais saiu.

Há outra história que trata de um homem que foi condenado à morte. A filha do presidente da época não acreditando na culpa, foi visitá-lo na cadeia e acabou se apaixonando. Pediu ao pai para interceder junto à justiça e a pena acabou transformada em prisão perpétua. O homem casou-se com essa moça e conseguindo liberdade provisória teria dito que nasceu de novo, por isso quando morresse queria ser enterrado em pé. Lá está ele enterrado em pé.

Há relatos afirmando que os restos mortais de Cristóvão Colombo estiveram por muitos anos nesse cemitério.

Atração turística em Havana, o cemitério recebe a cada ano mais de 70.000 visitantes estrangeiros.

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