Há uma mania atual de alongamento de cabelo. As mulheres entendem muito bem desse assunto. O estranho nessa história é, eu estar comentando sobre “mega-hair”, assunto que não entendo nada. Assisti na TV uma reportagem que me chamou a atenção e por isso compartilho com os leitores: na localidade de Chennai, na Índia, um templo Hindu orienta seus seguidores a raspar a cabeça sempre que desejarem algo ou necessitem solucionar um problema. Algo como uma promessa. A congregação se encarrega de vender o cabelo estocado a um intermediário, que revende à uma espécie de cooperativa, que trata o cabelo, lavando, limpando, separando e embalando. Um exportador indiano negocia com interessados europeus e americanos. Recentemente brasileiros também estão adquirindo. Já em seus países de destino o cabelo é novamente tratado, colorido e aplicado nas “melhores cabeças”. Em uma ponta se recebe U$ 2 e na outra se paga até U$ 3.500 por um aplique.
Em uma ponta o cabelo é cortado por motivo religioso e na outra é consumido por vaidade ou até necessidade. Com uma ausência total de produção, uma cadeia enorme de pessoas se envolve com um só objetivo: o lucro.
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