quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tristão da Cunha - Ilha mais remota do Mundo

O Fantástico (da Globo) fez uma chamada sobre esse lugar. Fui pesquisar e deparei-me com um lugar único. Relatos dão conta de que a primeira povoação se deu quando uma guarnição militar britânica foi estabelecida em 1816, com a missão de impedir que os franceses usassem o local como base para alguma possível operação de libertação de Napoleão, exilado na ilha de Santa Helena, distante a quase 2 mil quilômetros ao norte.

O aumento populacional subsequente, aconteceu vegetativamente por gente que se deixou ficar e por alguns náufragos ocasionais. No recenseamento de 1993 havia um total de 301 habitantes. Neste mesmo ano, uma equipe da Universidade de Toronto foi a Tristão dar continuidade a estudos médicos iniciados em 1961, ano em que a população inteira foi evacuada para a Inglaterra devido à erupção do enorme vulcão que constitui fisicamente a própria ilha.

Uma curiosidade: metade da população tem asma.
Ao elaborarem a genealogia das famílias locais, não foi difícil descobrir que todos os moradores eram descendentes de quinze colonos originais. Assim, as suas linhagens estavam intimamente inter-relacionadas.

O fato de Tristão da Cunha ser o local mais isolado da terra habitado por humanos fez a alegria dos caçadores de genes: a ilha toda é essencialmente uma grande família estendida e por isto, os genes causadores de qualquer enfermidade observada num grupo de tristanenses, podem ser encontrados em todos os demais habitantes. As pesquisas dão conta de que esse povo, por ser isolado, é geneticamente “puro”, tal como na Islândia.

Depois da erupção do vulcão em 1961, os insulanos exilados na Inglaterra resolveram voltar à sua pátria, deixando para trás a memórias de uma realidade completamente diferente vivida nos tempos em que ficaram sob a hospitalidade da terra da Rainha. No retorno, um período de relativa prosperidade começou com a reconstrução do porto em 1965, e passou a receber visitas de cruzeiros marítimos.

De qualquer maneira, visitar Tristão é uma experiência única, pois quem tem a oportunidade de lá chegar, se depara com uma estrutura social única no mundo: um pequeno povo branco vivendo em muitos aspectos sob um modo de vida do século XIX, apesar de terem incorporado alguns melhoramentos tecnológicos modernos, tais como estação de rádio, um café, uma locadora de vídeo, supermercado, Internet e piscina.

Sete sobrenomes na ilha:
- Glass: descendentes do primeiro militar aquartelado na ilha em 1814, o escocês Willian Glass;

- Swain: descendentes do colono inglês Thomas Swain, estabelecido em Tristão em 1821;

- Rogers: descendentes do colono Americano chegado em 1836;

- Green: descendentes de Peter Green, um náufrago holandês originário de Katwijk na Holanda, chegado em setembro de 1836;

- Hagan: descendentes de Andrew Hagan, um caçador de baleias Americano, chegado a Tristão em fevereiro de 1849;

- Repetto: descendentes de Andrea Repetto, um marinheiro italiano de Camogli (perto de Gênova), naufragado nas proximidades de Tristão em março de 1893;

- Lavarello: descendentes de outro marinheiro italiano, Gaetano Lavarello, também originário de Camogli, náufrago chegado a Tristão da Cunha em março de 1893.

Quem foi Tristão da Cunha? Um português que comandou várias esquadras com destino à India e acabou por descobrir o arquipélago (onde está a ilha com seu nome), e foi nomeado vice-rei da India.
Fonte: www.blogpaedia.com.br

2 comentários:

Blog do Beto Lemela disse...

Oi Rui,
Não sabia que os islandeses são geneticamente puros. Vou até estudar melhor esse país ilha, tão na midia ultimamente por causa do bendito vulcão que está poluindo o espaço aéreo europeu.
Vivendo e aprendendo, principalmente lendo o seu blog. Parabéns, continue.
Abraços,

Anônimo disse...

sera que a internet deles tem contato com o resto do mundo?