segunda-feira, 31 de maio de 2010

SEPÉ TIARAJU - Um heroi nacional

Inscrito no "Livro dos Herois da Pátria" junto com outros 10 oficialmente registrados, Sepé Tiaraju, nasceu na Redução de São Luis Gonzaga, Município de São Gabriel-RS em data desconhecida, e faleceu no ano de 1756. Foi um índio guerreiro, é considerado santo popular brasileiro e declarado heroi guarani missioneiro rio-grandense. Pela Lei Federal nº 12.032, de 21 de setembro de 2009, foi inscrito no Livro dos Herois da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, na Capital Federal. Nascido em um dos aldeamentos jesuíticos dos Sete Povos das Missões, foi batizado com o nome latino-cristão de Joseph.

Combatente e estrategista, tornou-se líder das milícias indígenas que atuaram contra as tropas luso-brasileira e espanhola na chamada Guerra Guaranítica (desencadeada pelo Tratado de Madrid, que exigia retirada da população guarani, aldeada pelos missionários para demarcação de terras) . O interesse luso-brasileiro e espanhol pelas extensas áreas de terra e gigantesco rebanho de gado, provocou expulsão da tribo guarani que vivia na região dos Sete Povos, cerca de trinta mil indígenas. Sepé Tiaraju acabou perecendo em combate na batalha de Caiboaté, juntamente com outros 1.500 guaranis.

Érico Veríssimo, no romance "O Tempo e o Vento" tão bem retrata essa saga de Sepé Tiaraju.

Como homenagem, a rodovia RS-344 recebe seu nome e no Rio Grande do Sul há um município de nome São Sepé.
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América Latina (Dante Ledesma)
Talvez um dia, não mais existam aramados

E nem cancelas, nos limites da fronteira
Talvez um dia milhões de vozes se erguerão
Numa só voz, desde o mar as cordilheiras
A mão do índio, explorado, aniquilado
Do Camponês, mãos calejadas, e sem terra
Do peão rude que humilde anda changueando
É dos jovens, que sem saber morrem nas guerras

América Latina, Latina América
Amada América, de sangue e suor

Talvez um dia o gemido das masmorras
E o suor dos operários e mineiros
Vão se unir à voz dos fracos e oprimidos
E as cicatrizes de tantos guerrilheiros
Talvez um dia o silêncio dos covardes
Nos desperte da inconsciência deste sono
E o grito do sepé na voz do povo
Vai nos lembrar, que esta terra ainda tem dono

E as sesmarias, de campos e riquezas
Que se concentram nas mão de pouca gente
Serão lavradas pelo arado da justiça
De norte a sul, no Latino Continente

Um comentário:

Arion disse...

Acredito que o Ledesma tem conhecimento da história do índio Guairacá, também. Isto posto porque ele fala em sua música: "ESTA TERRA AINDA TEM DONO". Pois é, a ganância dos "desbravadores" acabou com o sonho indígena de manter sua cultura e seus costumes. De preservar e cuidar da terra que não precisa de aramado e nem divisa de fronteiras.