terça-feira, 20 de agosto de 2013

ROUPA LISTRADA - um pouco de sua história

Não sou a pessoa indicada quando o assunto é moda e nem é esse o tema, mas a moda inverno deste ano não deixa dúvidas. Para falar a verdade, lendo um artigo sobre roupas listradas, achei curiosa a história e aqui compartilho.
 
A Europa, na Idade Média, tinha preconceitos ao uso de roupas listradas, pois era um símbolo de falta de pureza, algo que iria de encontro aos ideais cristãos. Era usada por quem estava à margem da sociedade, como os presidiários, leprosos e prostitutas, até em épocas não tão longínquas os pijamas tinham que ser listrados.

Para a cultura medieval, duas cores confrontando-se era transgressão social. Sinal de rebeldia. 

Passada a Idade Média os brasões de famílias eram muito cultuados e as listras foram se popularizando. Mas, ainda mantinham uma conotação negativa. As listras verticais eram usadas pela aristocracia e as horizontais, mais comuns, eram usadas pelos serviçais.

Com a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa as listras passaram a significar liberdade, as bandeiras dos EUA e da França são exemplos dessa visão mais positiva. 

Hoje elas tem conotação chic e são respeitadas tanto em roupas masculinas como femininas.

Michel Pastoureau escreveu o livro "O Pano do Diabo" onde desvenda toda a história dos tecidos listrados (ou listados, como é descrito em Portugal).
Mistura do sagrado e do profano, assim ele descreve as listras em analogia à Zebra que na Idade Média era tratada como "asno bestial" e o cavalo de coloração lisa era positivo e valorizado.

 

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