Não sou a pessoa indicada quando o assunto é moda e nem é esse o tema, mas a moda inverno deste ano não deixa dúvidas. Para falar a verdade, lendo um artigo sobre roupas listradas, achei curiosa a história e aqui compartilho.
A Europa, na Idade Média, tinha preconceitos ao uso de roupas listradas, pois era um
símbolo de falta de pureza, algo que iria de encontro aos ideais
cristãos. Era usada por quem estava à margem da sociedade, como os presidiários, leprosos e prostitutas, até em épocas não tão longínquas os pijamas tinham que ser listrados.
Para a cultura medieval, duas cores confrontando-se era transgressão social. Sinal de rebeldia.
Passada a Idade Média os
brasões de famílias eram muito cultuados e as listras foram se popularizando.
Mas, ainda mantinham uma conotação negativa. As listras verticais eram
usadas pela aristocracia e as horizontais, mais comuns, eram usadas
pelos serviçais.
Com
a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa as listras
passaram a significar liberdade, as bandeiras dos EUA e da França são
exemplos dessa visão mais positiva.
Hoje elas tem conotação chic e são respeitadas tanto em roupas masculinas como femininas.
Michel Pastoureau escreveu o livro "O Pano do Diabo" onde desvenda toda a história dos tecidos listrados (ou listados, como é descrito em Portugal).
Mistura do sagrado e do profano, assim ele descreve as listras em analogia à Zebra que na Idade Média era tratada como "asno bestial" e o cavalo de coloração lisa era positivo e valorizado.
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