O trabalho prejudica
Desocupe-se!
Parece um contra-senso, notadamente no mundo
capitalista. Há anos estudos vêm sendo feito no sentido de quantificar o
trabalho humano numa análise fiel do custo-benefício. Para muitos, o trabalho é
a razão do viver e para esses a atividade produtiva leva à felicidade. Mas há
os que já analisam a vida com equilíbrio, dosando a carga horária e
distribuindo seu tempo entre trabalho, lazer, espiritualidade e atenção à saúde
com um tempo ocioso.
A cultura do ócio criativo vem crescendo no mundo e
o mais curioso, na faixa etária produtiva. É aceitável para as pessoas da
terceira idade e da adolescência ter tempo ocioso, mas não para aqueles “em
condições de trabalho”.
Criou-se a cultura do “fugir de compromissos”
estando ocupado com trabalho. É fácil convencer os outros dizendo que está
trabalhando ou que vai trabalhar, deixando de lado o cuidado com a saúde ou o tempo
dedicado à família, ao lazer ou à diversão.
Nesse sentido o turismo entra para compensar
qualquer excesso, as atividades do indivíduo determinarão o tipo e as
possibilidades de lazer. Conforme o rendimento da pessoa, assim será o tipo de
hospedagem ou o meio de transporte em uma viagem.
O hobby ou o voluntariado, por exemplo, identifica uma
pessoa antenada com a qualidade de vida.
A busca pela felicidade é uma boa razão para os humanos
viverem em harmonia consigo e com seus pares, e o excesso de trabalho
certamente dificulta essa conquista.
Infelizmente em nossa cultura ocidental esse equilíbrio
está distante de ser uma realidade. Precisamos ouvir música, dançar, rir, ajudar
o próximo, professar a fé religiosa, contemplar a natureza e viajar. O
indivíduo que viaja aprende e compreende.
Rui Morel Carneiro
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