Todas essas informações chegaram aos nossos dias por meio da famosa carta, datada de 1° de maio de 1500, redigida pelo escrivão da armada, Pero Vaz de Caminha.
Um dos navios da esquadra voltou a Portugal especialmente para entregar o documento ao rei D. Manuel. Cumprida sua missão de informar o soberano, a carta de Caminha ficou anos esquecida. Só foi encontrada mais de 200 anos depois, na Torre do Tombo, o arquivo dos documentos oficiais de Portugal.
A importância do relato de Caminha para a memória brasileira é inigualável. Nele o escrivão informa a data precisa do Descobrimento – antes da recuperação da carta, dizia-se que a esquadra havia chegado ao Brasil no dia 3 de maio. O documento prova a admiração dos europeus por nossas riquezas e que o encontro entre brancos e índios foi absolutamente pacífico, marcado mais pela curiosidade mútua do que pelo medo do desconhecido.
Os brasileiros demoraram a tomar conhecimento do teor da carta de Caminha e somente m 1817 houve a publicação no Rio de Janeiro. Para os portugueses a carta trata-se de um testemunho do fato mais marcante de toda a história dos grandes descobrimentos lusitanos. Ainda hoje é conservada no acervo da Torro do Tombo, em Lisboa.
Fonte: Alm. Sto. Antonio-2002 – Ed. Vozes
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