sexta-feira, 5 de junho de 2009

MONTE RORAIMA, o misterioso

O Monte Roraima tem atraído cerca de 3 mil visitantes aventureiros todos os anos, a maioria estrangeiros. Você sabia disso?
O topo dessa montanha guarda um marco de tríplice fronteira: Brasil, Venezuela e Guiana. Marechal Candido Rondon em uma de suas expedições épicas, em 1927, chegou a inspecionar este divisor. Mas isso dá motivos para tanta gente querer chegar lá, numa jornada difícil, num lugar isolado e cheio de percalços?
Com nosso interesse em compreender certos mistérios, sim.
Formados há milhares de anos, os tepuis são montanhas que não existem em nenhum outro lugar do mundo, em formato de mesa e o Monte Roraima é uma delas. A diversidade ambiental nesse fim de mundo contribuiu para o surgimento de plantas endêmicas (não existem em outras regiões) com mais de 2.300 espécies já catalogadas no alto dos tepuis. Na verdade essa formação geológica é estimada em quase dois bilhões de anos, está entre as mais antigas do planeta.

Esse mundo perdido já inspirou autores de livros e filmes. Em 1884 o inglês Everd Thurm chegou ao cume do Monte Roraima e inspirou Arthur Conan Doyle à autoria do livro "O Mundo Perdido", mas só nos últimos tempos tem atraído a atenção dos novos exploradores.

O acesso se dá pelo lado venezuelano, que detém a maior parte do monte, cerca de 85%, 10% está do lado guiano e somente 5% do lado brasileiro. Curiosamente, Venezuela não aceita que Guiana detenha uma parcela, pois a área vive em litígio, e por isso o marco da tríplice fronteira contém somente o nome do Brasil e Venezuela, sendo por esta última retirada a placa com nome da Guiana.

Uma mancha branca, que destoa da rocha escura, é outro atrativo dos visitantes: trata-se de um mineral que embora não tenha valor de pedra preciosa, pode ser utilizada nas industrias óticas e eletrônicas, o quartzo aflora no chão, formando o vale dos cristais, que tanto fascina esotéricos e é fonte de pesquisas geológicas.

Gigantescos paredões de pedra desafiam o homem, e é bom que continue assim, longe das ambições e perto das origens de nosso planeta. É um mundo perdido em conservação.

Esse é o Brasil do hemisfério norte.
"Com tanta diversidade, é um verdadeiro milagre que o território brasileiro ainda esteja unido"

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