terça-feira, 21 de julho de 2009

UMA VIAGEM DE AVIÃO

Minha nora Marília é uma doce criatura.

A falta de audiçao faz com que uma pessoa aguce os demais sentidos e pelo que parece com mais garra. É o caso da minha nora. Batalhadora, não mede esforços para conseguir seus objetivos. Não satisfeita só com o diploma de graduação, fez pós-graduação em Maringá-PR.

Nos finais de semana lecionava cursos de Libras (língua brasileira de sinais) em cidades vizinhas à Maringá, além de cumprir expediente em uma indústria de confecção.

Ficou sabendo que existiam possibilidades de emprego bem remunerado na Universidade Federal em Campo Grande-MS, mas para isso necessitaria outro curso superior (sequencial). Após dois anos viajando em finais de semana desde Maringá até Dourados-MS, concluiu mais essa etapa (sem deixar de exercer seu trabalho normalmente em Maringá).
A próxima etapa seria prestar provas para o tão almejado emprego público em Campo Grande-MS. Marcada a data, pediu folga no seu serviço para fazer as provas e aí começou uma impressionante aventura: sua primeira viagem de avião.
Meu filho a acompanhou até o aeroporto de Maringá, onde Marília embarcaria num vôo rápido até Campo Grande-MS. O vôo que faria escala em Maringá foi cancelado por problemas em Curitiba, de onde partiria. A empresa a colocou em outro vôo com destino à Campo Grande, porém com escala em Curitiba. Chegando a Curitiba, a empresa reconhece um erro: não faz vôo direto à Campo Grande. Marília embarca em outro avião destinado a Campo Grande, com escalas em Cascavel e Dourados. Tudo indo muito bem até as proximidades de Campo Grande, quando o piloto foi avisado que havia problemas no aeroporto local, e o vôo desviado para pouso em Cuiabá-MT. Não havendo vôo naquela mesma data para Campo Grande, Marília foi hospedada em um hotel em Cuiabá, para embarque no dia seguinte (dia das provas, cujo horário seria 07h30min). Na manhã seguinte, Marília embarcou num vôo com chegada prevista em Campo Grande às 10h30min. A bagagem da Marília apareceu dois dias depois em Curitiba e não precisa dizer que ela retornou à Maringá sem fazer as provas.

Por isso que eu sempre digo: a primeira viagem de avião a gente nunca esquece.

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso tudo é resultado da (não) administração pública do nosso país. As agências, criadas para dar empregos a políticos não controlam esse tipo de coisas.

Paola disse...

E a Chata-de-Galocha pergunta:
E não é que a gente precisa botar as asinhas de fora? Não é o cúmulo?

Paola