quinta-feira, 4 de março de 2010

MÃO INGLESA


Como a maioria dos cocheiros, na era medieval era destra e sentava à direita para manter a espada empunhada em caso de luta, a carruagem era dirigida na pista esquerda. No século XIX, Napoleão inverteu as mãos por dois motivos: era canhoto e queria identificar o inimigo à distância. Como os ingleses sempre foram inimigos declarados dos franceses, por questão de honra, permaneceram naquilo que para nós é contramão. Então os países dividiram-se adotando mão inglesa ou francesa para o trânsito.

Atualmente, 76 países adotam o volante à direita direcionando o veículo na pista da esquerda.

Casos curiosos surgem por conta disso: dia desses viajando no Estado de Santa Catarina, deparei-me com algumas ruas com mão inglesa nas cidades de Jaraguá do Sul e Blumenau, preparadas para facilitar o trânsito em contorno ou desvio. 

Na Bolívia, uma grande importação de carros do Japão, trouxe uma situação inusitada: tiveram que transferir volante e pedais para o lado esquerdo, de modo que o volante passa  por dentro do porta-luvas e, por questões de custos, não mexeram no painel. O passageiro do taxi, por exemplo, está com o painel à sua frente e fica incumbido de controlar a velocidade (passei por essa experiência), e ainda terá alguns buracos no assoalho onde antes havia pedais.

A Argentina, até 1945 tinha o sistema de mão inglesa. 

No passado a Suécia usava a mão inglesa, mas no dia 03 de setembro de 1967 resolveu fazer a mudança. Isso aconteceu com hora marcada e as 11h30m da manhã, todos os carros pararam e os motoristas trocaram de pista e começaram a dirigir pela direita. 

Dizem que os Estados Unidos adotaram o sistema universal (volante à esquerda) para enfatizar sua independência da Inglaterra. 

Nas Américas, somente a Guiana (que faz parte do reino unido) utiliza a mão inglesa.

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