quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MACHU PICCHU


Há quase 40 anos eu li sobre um lugar que me incomodou por todo tempo. Repeti essa leitura muitas vezes. Ouvi relatos de gente que foi lá. Por duas vezes planejei e viajei com destino a esse misterioso lugar e de ambas retornei sem concluir o itinerário. Sabendo que aquele lugar guarda segredos, não investiguei os motivos da não concretização. Agora eu estava lá. Ah! meu Machu Picchu, ninguém segura esse meu delírio (Hermes Aquino cantou nos anos 70).
Quanta energia tem esse lugar. Não há no mundo outro lugar que atraia tanta diversidade humana. Todos os dias, gente de todos os lugares, chova ou faça sol, sobem nos trens ou vão à pé mesmo e lá derrubam o queixo. Fazem muito silêncio. Praticamente só os guias falam e baixinho. É espantoso ver velhinhos e crianças misturando-se aos jovens numa frenética busca de melhores ângulos para admirar. Como e por quê são questões que fazem a si próprio durante as subidas e descidas.

Os Incas sabiam das coisas. Quando eu vi nas montanhas a figura do Imperador Inca, eu quase desmaiei. Achei que minha imaginação estava me pregando uma peça. Cliquei, olhei para a câmera para conferir e lá estava o Manco Capac deitado.

O que importava mesmo era que eu estava lá, tranquilo, graças ao chá de coca. Não esquecendo das emoções que antecederam à "Cidade Perdida dos Incas", como a chegada de trem em Águas Calientes e a subida de ônibus em zigue-zague.

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