segunda-feira, 4 de julho de 2011

QUE PARVO FUI

Pensar que o vizinho respondia a meu bom dia por ser simpático.
Acreditar que a TV iria trazer benefícios à sociedade.
Crer que partidos políticos tem ideologias.
Confiar cegamente em certos “amigos”.
Torcer pelo time e saber mais tarde que houve espúrias negociações para sua derrota.
Investir meu precioso tempo naquele curso e depois saber que não tinha campo para atuar.
Seguir as orientações do guru e perceber muito tarde que ele nada tinha de guru.
Aplicar, por orientação do gerente do Banco, nas ações sem rentabilidade.
Seguir um modelo padrão de sucesso e descobrir que aquele era o da pior espécie.
Ouvir de Vinicius que a beleza é fundamental e acreditar.
Observar que nossa civilização dá mais valor ao ter que ao ser.
Saber que eles criticam o Brasil, mas nada fazem para a situação melhorar.
Acreditar que os flanelinhas protegem seu veículo.
Ver o desperdício de verbas públicas e não poder fazer nada.
Saber que as autoridades dão ênfase à repressão, ao invés de educação.
Ver a enorme desigualdade na distribuição de rendas e pensar que um dia será diferente.
Rui M. Carneiro
(Parvo: tolo, bocó, basbaque, lorpa, pateta.)

4 comentários:

Maria Dias disse...

E eu q nunca ouvi esta palavra,aprendo mais uma novidade por aqui.

obrigada!

Sandra Gonçalves disse...

Ai Rui...dá até depressão ser "parvo' se olharmos sob esta ótica.
Mas vamos lá que nada é tão 'parvalhoso' assim, salvam-se uns que acreditam e atraem resultados positivos.
Beijos
San

Finito Carneiro disse...

Muito bom!

Guara disse...

Que parvo fomos...