terça-feira, 20 de setembro de 2011

Por que o ano bissexto tem esse nome?

Há quem diga que o termo bissexto vem do fato de que há cada 4 anos de 365 dias, um deles tem 366 dias. O duplo "6" daria sentido ao termo.

Não é essa a razão e na verdade é um tanto complexo. Tudo começou no tempo dos antigos egípcios, cujo calendário consistia de 12 meses com 30 dias cada, mais 5 dias adicionais para completar os 365 que a Terra gasta em seu movimento em torno do Sol.

Bem, pelo menos era o que se pensava, quando a duração do ano foi determinada através das variações da sombra produzida por uma estaca fincada verticalmente no solo.

Mas na prática sobram incomodas 5 horas, 48 minutos e 46 segundos até que a Terra volte a um mesmo ponto de sua órbita. Sem a precisão obtida hoje, os egípcios decidiram intercalar 1 dia a mais a cada 4 anos, passando a chamar seu calendário de Alexandrino.

Mais tarde, os romanos tiveram sérios problemas com essas inserções. Particularmente sob o governo de Júlio César, elas foram tão dramaticamente negligenciadas que no ano 46 d.C. a diferença atingiu 80 dias.

Então eles fizeram um novo calendário, e para começar o ano 46 teria 445 dias (365 + 80), passando para a história como o "Ano da confusão".
O termo bissexto foi adotado pelos mesmos romanos. Eles também achavam que o ano tinha 365 dias e 6 horas (ou 365,25 dias). Assim, a cada quatro anos as horas excedentes somariam um dia extra de 24 horas, que precisava ser acrescentado ao calendário. Acontece que, no calendário romano, o dia que representava o início de cada mês era chamado calendas. E o tal dia extra era normalmente inserido após o dia 24 de fevereiro, isto é, 6 dias antes das calendas de março. Como esse dia era contado duas vezes (havia dois 24 de fevereiro) o chamavam de bis sexto ante calendas martii ou, resumidamente, bissexto.

Só mais recentemente é que resolveu-se acrescentar um dia no final do mês de fevereiro. 
Fonte: www.zenite.nu (José Roberto V Costa)

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