segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SOU OTIMISTA


Não quero aqui defender ideologias, mas acho muito ruim estar sempre na oposição. Há que reconhecer os fatos e os feitos. De acordo com estudos recentes, o mundo está melhor. O consumismo, que tantas críticas recebe, tem um lado altamente positivo: graças a ele a criatividade nunca esteve tão ativa. O consumo estimula as invenções. Esses estudos detectaram que só em Londres, dez bilhões de produtos diferentes estão à venda. 

Mesmo considerando a existência de uma grande quantidade de gente que ainda vive na miséria, nossa geração tem acesso a mais calorias, gigabytes, milhas aéreas, conforto, mais quilos por hectares e muito mais dinheiro que nossos antepassados. Poder aquisitivo, aliado à oferta de produtos gera um ciclo vicioso expansivo interessante. Mais negócios, mais empregos, mais impostos, mais necessidades e em consequência a exigência por melhor qualidade.

De acordo com o cientista inglês Matt Ridley (está lançando o livro O otimista racional) o grande problema ainda reside na gerência de tudo isso: o homem é incapaz de controlar, distribuir e prever. Assim como há uma tendência de os pobres subirem degraus na qualidade de vida, os ricos estão ficando mais ricos. Os chineses estão dez vezes mais ricos e vivem 28 anos a mais que há 50 anos.  Os nigerianos são duas vezes mais ricos e vivem 9 anos a mais. O percentual de pessoas no mundo que vivem abaixo da linha da pobreza caiu mais da metade. No Brasil isso também se pode avaliar com facilidade pelo aumento de consumo de gêneros alimentícios e do vestuário. A ONU calcula que a pobreza foi mais reduzida nos últimos 50 anos do que nos 500 anos anteriores.

Há ainda muito o que fazer em distribuição de rendas, conscientização do uso racional dos bens naturais e no investimento e consumo dos bens culturais e educacionais. 

Adaptado de matéria da Revista Seleções.

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