Adilson Alcântara da Silva é o nome dele. Nasceu em Apucarana, norte do Paraná. De infância difícil, mudou-se com a mãe para São Paulo, depois de passar um tempo na Fubem fez concurso para a Rede Ferroviária Federal e já empregado, investiu seus primeiros salários na criação em duas bicicletarias.
O gosto pela magrela sempre incomodou o fato de ver os trabalhadores largarem suas bikes ao lado da Estação de Trem, para ir ao trabalho e em muitos casos não encontrá-las mais no retorno. Mesmo não sendo permitido por seus superiores, Adilson guardava algumas bicicletas na estação onde trabalhava.
Ao ser transferido para Mauá, região metropolitana de São Paulo, Adilson cria a Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá (Ascobike). Responsável por uma população mensal flutuante de 1200 a 1700 ciclistas, a maioria deles trabalhadores e estudantes que usam a bicicleta como alternativa de transporte para se deslocar de casa até o trem, a entidade garante que todos tenham seu veículo em condições de uso.
Considerado o maior estacionamento de bicicletas da América Latina, com capacidade para pelo menos 2 mil magrelas, a Ascobike disponibiliza aos associados pedais, quadros, guidões e todo tipo de peças usadas.
Além de um brechó, o bicicletário dispõe de uma oficina mecânica com preços abaixo dos praticados pelo mercado, um compressor de ar para calibrar os pneus, banheiros masculino e feminino com espelho, um kit para engraxar sapatos, um bebedouro, café quente a toda hora e um televisor. -Temos também algumas bicicletas para empréstimo. Os associados da Ascobike pagam 15 reais por mês para ter acesso ao bicicletário. Quem não é mensalista desembolsa 1 real avulso para deixar a bike ali por um dia.
- Não estamos preocupados com as bicicletas e sim com a pessoa sentada no selim.
O sonho de Adilson fez com que uma população de trabalhadores e estudantes tenha um baixo custo de mobilidade, saúde e segurança na guarda de seus veículos.
Fontes: http://planetasustentavel.abril.com.br e http://ascobike.org.br
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